Um breve amanhecer Que persiste em me enrubescer E se atenta a me padecer Num breve suspiro do meu ser. E não reconhecer Numa multidão O meu simples viver Que se perde Em mais um Entre tantos Querer. JRM
Resenha: Sol em Júpiter
Ao deitar na cama, no escuro, escolho ler o livro Sol em Júpiter de Lola Salgado no Kindle.
Começando a leitura percebo que a escrita é bem fluída e rápida. Escolhi esse livro por pura aleatoriedade.
O livro conta a estória da Sol, que é uma famosa Youtuber que mostra de forma orgulhosa o seu mundo e seu estilo de vida, que são totalmente diferentes do que ela realmente é. E ao longo da leitura vamos notando seu desenvolvimento, principalmente com o aparecimento do personagem Júpiter.
É engraçado e descontraído a leitura. É bom para passar um tempo com uma leitura leve e com bom estória.
Algumas dicas e conselhos:
- Se você procura um romance para se descontrair e rir um pouco é recomendado a leitura;
- O livro mostra bem a questão sobre a falsa felicidade e demonstração de um estilo de vida em redes sociais contrária ao que a pessoa segue na vida real;
- O livro aborda também a questão do relacionamento abusivo que a personagem principal sofre sem nem perceber;
As vezes tentar não é o suficiente.
JRM
Mais um
A manhã nem sempre é bela, com remela e pijama nada funciona. Bebo café com leite como um convite para acobrear a tristeza que é em levantar, para mais um novo dia que se estende em pura agonia. JRM
5 Motivos para ler o livro O último amigo
- O livro aborda sobre a força da amizade construída desde a infância;
- Tem como pano de fundo o Marrocos, a qual é ricamente descritivo ao se tratar dos costumes, política e problemas sociais;
- O livro mostra a percepção dos 3 personagens durante o tempo em que estiveram juntos mas com o olhar e vivência distintas;
- A obra tem somente 127 páginas;
- A narrativa tem um grande potencial em fazer você chorar.
Resenha : Estação Carandiru
Livro: Estação Carandiru
Escritor: Drauzio Varella
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 230
Gênero: Não-ficção – Carceragem
Nota: 4,5 /5
O livro é contado na primeira pessoa pelo Drauzio Varela a qual narra a sua experiência como médico no maior presídio da américa latina, Carandiru nos anos 90.
No início ele vai descrevendo as estruturas do presídio, como é feito a divisão, e as características de cada lugar. Logo após, ele vai aos poucos inserindo vozes aos prisioneiros narrando seus passados e vivência ali encarcerados, tornando, desse modo, uma leitura mais fluída.
Achei o livro bem pesado justamente por se tratar de algo que realmente aconteceu, ou seja, narrado de acordo com o olhar do médico voluntário e o quanto é a calamidade de todos envolvidos nesse processo de restringir a liberdade com condições nada apropriadas para o ser humano.
É de fato lastimável, e, ao mesmo tempo, nos faz refletir sobre o sistema de carceragem no Brasil.
Devaneios no sofá
Sentada no sofá Você vagueia até em mim. Seu ar esfumaça Seu ser me despedaça Lembranças se quebram Choros se desenvolvem E só o que desejo É me adentrar numa caixa E ser atirada Num mar de lágrimas E boiar... Eternamente... Na tristeza do meu ser. JRM
Meu viver , meu ser.
Ela mora sozinha Nunca desejou ter relacionamentos Nem casamentos. Tem trinta e seis ventos E mil e um argumentos Para não viver uma vida de aborrecimentos Para a sociedade e jumentos. Ela levou muito tempo Sofreu com vários eventos Mas logo percebeu Que tudo que é seu É de mais ninguém. Sua felicidade sempre vem De acordo com sua identidade E vontades. Ninguém a compreende E nem quer ser compreendida Apenas deseja ser Uma borboleta libertina. Sua rotina É sua alegria. Seu trabalho Uma fantasia. JRM
Segunda-feira: Poema escolhido
Hoje escolhi o poema Pescaria da Ana Maria Machado, retirado nesse livro abaixo.
Pescaria linha e anzol fisga no sol a malha enreda a rede espalha puxa peixe na areia espraia no seco deita a guelra gela a goela espreita já não engole já não espanta vai virar janta
Breve noite
Numa breve noite, a escuridão domina os meus sentimentos que estão nos ares do vento. E o amor, que se transforma num amontoado pó de sofrimento. Passeio Vagueio Farejo O breu que esconde o meu lampejo. A escuridão persiste Meu andar consiste em sentir que algo resiste em me aturdir. JRM